Autoestima é um assunto complexo de ser discutido, pois são vários os tipos de autoestima. O que pouca gente sabe é que existem sintomas que podem ajudar a perceber o seu quadro e, assim, receber ajuda de um profissional. Sentir-se a pessoa mais fracassada do mundo, se comparar a tudo e a todos, não reconhecer o seu próprio valor são alguns dos sintomas que despertaram a baixa autoestima na Denise. Como consequência, ela teve depressão. Foi quando ela decidiu fazer as fotos e contar sua história.
Leia o relato da Denise na íntegra:
“Sem dúvidas, 2019 foi o meu melhor ano. Dentre altos e baixos, descobri com a maturidade, voz para tratar e assumir todo assunto relacionado à autoestima, liberdade e a forma errada que sempre me vi. Mas nem sempre foi assim.
Desde criança, sempre sentia a extrema necessidade de ter a atenção dos meus pais. Por conta disso, fazia tudo certo e sempre estudava muito. Mas eu não fazia ideia que o mundão cobra muito mais que beleza interior. Até crescer ouvindo de pessoas próximas que eu era feia e coisas muito piores.


Ao me comparar, me sentia a pessoa mais fracassada do mundo
Cresci empurrando meus sentimentos com a barriga, dando importância demais aos outros e guardando tudo dentro de mim. Descobri e passei, por uma depressão severa. Foi dos 16 aos 18 anos, onde minha autoestima só piorou de vez. Minha vida não fazia sentido algum e para completar me comparava a tudo e a todos. Em suma, me sentia a pessoa mais fracassada do mundo.
Depois disso, mantive um relacionamento atrás do outro. Eu nunca soube lidar com a ideia de ficar sozinha e tampouco entendia o significado de amor-próprio. Enquanto isso, me permitia permanecer em situações de extrema humilhação, como traições, abandono, falta de reciprocidade e diversos abusos. Embora eu não tivesse perceção naquele momento.


Vivia cercada de pessoas tóxicas e achava que eu era o problema
Sempre sugada por pessoas tóxicas, me culpava por ser traída, por ser largada, por não dar certo em relacionamento algum. Consequentemente, acreditava que eu sempre era o problema. Em resumo, dependia miseravelmente da aprovação dos outros pra me sentir bonita e com devido valor, valor esse que nem eu mesma me dava.
Hoje continuo fazendo terapia e vivendo da melhor forma possível. Consigo perceber meu valor, respeitar minhas vontades, meu tempo e principalmente filtrar opiniões fúteis que não me agregam em nada.


Eu percebi que o amor que eu merecia estava dentro de mim
Com o ensaio, consegui enxergar a Denise que eu nunca via. Cada estria, celulite, pneuzinhos (adquiridos com perda e ganho de peso), fizeram-me perceber que tudo faz parte da minha história. Eu devo aceitar quem sou, minha personalidade forte, minhas qualidades e defeitos. O amor que eu tanto buscava, nos outros, estava mais perto do que eu pensava: dentro de mim.
Um ensaio, principalmente sensual, é um momento único e exclusivamente seu. Antes mesmo do ensaio, sempre usei a fotografia como um meio de expor as minhas vontades, o corpo fala, e o meu afirma as minhas próprias regras.
Em meio há tantas opiniões machistas, onde a roupa que usamos “define” quem somos aos olhos alheios, deixo minha essência falar mais alto, calando qualquer ruído de repressão e censura“.


Esse depoimento foi inteiramente escrito pela Denise e você também pode compartilhar sua história pelos comentários. Nós aqui gostamos de boas fotos e boas conversas, mas, antes de tudo, lembre-se: toda pessoa merece respeito e empatia ❤.
Pegue o cafézinho e se acomode na cadeira, ainda tem muita história para você ler aqui.
Você também pode seguir a Denise no Instagram. Ela vai amar te conhecer.