Você já ouviu falar em Body Positive? Na tradução literal do inglês, significa “corpo positivo”. Esse movimento surgiu com a ideia de dar as mulheres a autonomia de amar seu corpo do jeito que ele é. A intenção é que nós passemos a deixar o padrão vigente de lado para enxergar a real beleza que existe em cada corpo, sem que seja preciso mudar nada para agradar alguém.
Não é algo que uma pessoa alcança de uma hora pra outra. Assim como a autoestima, o movimento corpo livre, precisa ser um exercício diário de empatia e amor com você e com o corpo da sua semelhante. A Daiane fala em seu depoimento como foi para ela entender que podia se amar do jeito que ela está hoje.
Leia o depoimento da Daiane na íntegra:
“Como todas as mulheres do mundo, eu tenho um passado, alguns traumas, erros e acertos. Mas não vim aqui para falar sobre as coisas ruins, vim falar sobre o que aprendi e evolui como pessoa e mulher que amadureceu e carrega as marcas do crescimento no corpo. Isso é algo totalmente normal, mas que leva um tempo para a gente aceitar.
Não precisei deixar de ser feliz para agradar
Meu auge de ser linda – assim achava – foi dos 17 aos 22 anos, logo depois eu engravidei. Tinha cabelão, corpinho na medida, nem de mais e nem de menos. Onde passava eu chamava a atenção, sempre deixava algum coração arrasado no caminho.
Engravidei, fui morar junto, mas sempre fui muito dedicada e dona de mim (sou escorpiana nata, rs). E mesmo com filha e marido, eu não deixava de sair e fazer coisas que me faziam feliz. Isso sempre foi muito claro na minha cabeça. A felicidade é algo individual de cada ser, portanto, cada um tem que cuidar daquele pedacinho que te faz feliz.
Não precisei parar de fazer coisas que eu amo para agradar
Nunca deixei de fazer nada por ninguém, acho que foi por aí que encontrei a minha verdade como mulher. Cansei de ver mulheres que por terem se casado e terem filhos, paravam a vida para viver apenas o relacionamento. Muitas esqueceram que eram mulheres também, que tinham uma vida também. É difícil conciliar tudo, mas para o nosso bem, precisamos tentar! E foi aí que eu fui errando, exagerando em alguns pontos e aprendendo.
Engordei bastante na gravidez e os quilos ainda estão aqui. De 60 kg fui para 76 kg. Demorou para eu me aceitar e voltar a me achar linda. Já não despertava mais olhares por onde passava e isso me incomodava. Achava que esse era o termômetro da beleza. Mas não é!
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Não precisei mudar nada em mim para agradar
Graças a Deus o meu marido sempre me elogiou, é apaixonado por mim e me exalta sempre. É daqueles que repara em cada detalhe do meu corpo (tive que mandar um print com dicas e toques de tudo que ele ama em mim pra gente fazer as fotos, rs).
Hoje percebo que foi o meu jeito que despertou a paixão em alguém. Não precisei mudar nada em mim, nem mesmo minha aparência para agradar. Fazer as fotos foi um meio de marcar essa fase de amadurecimento. Me dei a chance de me ver diferente e comprovar que com todos os pneuzinhos, estrias e celulites eu sou sim, muito linda. Todas somos”.
Esse depoimento foi inteiramente escrito pela Daiane e você também pode compartilhar sua história pelos comentários. Nós aqui gostamos de boas fotos e boas conversas, mas, antes de tudo, lembre-se: toda pessoa merece respeito e empatia ❤.
Pegue o cafézinho e se acomode na cadeira, ainda tem muita história para você ler aqui.
Você também pode seguir a Daiane no Instagram. Ela vai amar te conhecer.