Bianca: “eu teria que retirar o útero, pois o meu câncer estava avançando”

Retirar o útero pode ser uma experiência traumática para muitas mulheres, principalmente se não tem – ou pretende ter mais – filhos. Essa cirurgia se chama histerectomia e é recomendada por diversos fatores, como o câncer do colo do útero. A Bianca passou por essa experiência.

Leia o relato da Bianca na íntegra:

Me faltam palavras para definir o que senti quando vi minhas fotos prontas. Elas transpiravam amor e verdade. Tudo o que eu sou. Eu conheci o trabalho da Camila por indicação, e posso dizer que foi um anjo que fez esta indicação, pois eu estava no pior momento da minha vida. 

Em maio de 2018, nos exames de rotina, eu precisei fazer uma colposcopia com biópsia para colocar um DIU. Foi então que recebi a notícia de que estava com câncer no colo do útero. Como eu ainda tinha 29 anos e planos de ter outra gestação, minha médica optou por fazer a primeira cirurgia de conização. 

O estágio do câncer e a retirada do útero

O resultado não foi como esperávamos, não havia dado certo e infelizmente eu teria que retirar o meu útero, pois o câncer estava avançando muito rápido. Não vou negar que relutei muito a essa decisão, eu não queria aceitar, mesmo tendo dois filhos, eu queria me dar o direito de planejar o terceiro, de aguardar a gestação e toda a ansiedade que envolve ter um bebê. 

Em agosto do mesmo ano eu já estava na mesa de cirurgia, retirando trompas, útero e colo do útero. Precisei fazer uma cesárea aberta para que meus ovários pudessem ser avaliados. Caso eles estivessem ruins, eu teria que tirá-los também e fazer reposição hormonal com medicação. Mas graças a Deus não foi preciso. Diante de tanta notícia ruim, ao menos eu estava curada, sem precisar de químicos e remédios, só mesmo acompanhamento de rotina a cada 6 meses.

O diagnóstico de transtorno pós-traumático

Eu sinceramente achei que todo o meu sofrimento teria acabado ali, só precisaria superar a cirurgia que tudo ficaria bem, mas a vida me mostrou que não e eu só fui capaz de descobrir que existe uma dor sem medidas quando, três meses após minha cirurgia, ainda no ano de 2018 eu perdi meu irmão. Ele tinha 26 anos de idade e era o ser humano mais puro e maravilhoso que eu tinha em minha vida.

Por conta de todos esses acontecimentos, fui diagnosticada com transtorno pós-traumático. O psiquiatra queria me manter com remédios para o dia e para a noite, mas eu optei por tentar seguir meus dias sem a dependência deles, pois não gostaria de saber que só ficaria bem se tomasse um comprimido.

Não vou dizer que meus dias são fáceis, tinham dias que eu não queria acordar, não queria levantar, mas eu sempre entendia que precisava viver um dia de cada vez. O ensaio veio pra me mostrar que eu estava viva porque eu consegui me ver de uma forma que eu não conseguia mais. Linda, verdadeira, e o melhor de tudo, uma guerreira muito, muito forte“.

Esse depoimento foi inteiramente escrito pela Bianca e você também pode compartilhar sua história pelos comentários. Nós aqui gostamos de boas fotos e boas conversas, mas, antes de tudo, lembre-se: toda pessoa merece respeito e empatia ❤.

Pegue o cafézinho e se acomode na cadeira, ainda tem muita história para você ler aqui.

Você também pode seguir a Bianca no Instagram. Ela vai amar te conhecer.

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